Latet anguis in herba
Posted in Kauana Costa, Poema, Poesia
Eu era senhora de mim.
Senhora de todas as coisas.
Dona altiva e ladina
desses sentimentos indomáveis.
Mas tu soubeste me achar.
Soubeste arrancar-me do meu cômodo.
Arrancaste-me de mim mesma.
Eu era senhora de mim.
Senhora de todos os dizeres.
Dona eleita e segura
da razão entre o bem e o mal.
Meu bem-querer:
tu foste o mal em forma de anjo,
doce e sereno como menino-nascente.
Obrigou-me a querer-te bem como mãe,
de infinito, contente...
Tu eras a serpente escondida na erva.
Meu mal homeopático:
tu fechaste os meus olhos.
Calaste a minha boca.
Tapaste os meus ouvidos...
Tu querias viver da minha vida.
Comungar da minha alegria.
Mas tu,
tu querias muito mais ainda...
Levaste contigo o passarinho cativo e
ficou-se a gaiola
a bater de quando em quando
- vazia.
Senhora de todas as coisas.
Dona altiva e ladina
desses sentimentos indomáveis.
Mas tu soubeste me achar.
Soubeste arrancar-me do meu cômodo.
Arrancaste-me de mim mesma.
Eu era senhora de mim.
Senhora de todos os dizeres.
Dona eleita e segura
da razão entre o bem e o mal.
Meu bem-querer:
tu foste o mal em forma de anjo,
doce e sereno como menino-nascente.
Obrigou-me a querer-te bem como mãe,
de infinito, contente...
Tu eras a serpente escondida na erva.
Meu mal homeopático:
tu fechaste os meus olhos.
Calaste a minha boca.
Tapaste os meus ouvidos...
Tu querias viver da minha vida.
Comungar da minha alegria.
Mas tu,
tu querias muito mais ainda...
Levaste contigo o passarinho cativo e
ficou-se a gaiola
a bater de quando em quando
- vazia.