Jardim de Cabo Branco

                                                                           À leoa mais linda daquela França


És quem acaricia meus sentidos,
A fim de que belos versos se atirem,
E mesmo se tristeza, um dia sentirem,
Cansados, virarão graça, por ti todos lidos.

E é para ti que escrevo, rainha da areia
Pois que num passeio perante o solstício,
Perde-se nos raios e, torna-se o meu vício
Procurar cada grão de teu riso, que enleia.

E corre pelos campos de flores, sorrindo.
Cada gargalhada tua é ar que respiro ,
Me escondo, ao longe, e vejo a lua vindo.


Cadê teu brilho, não acho, me viro.
És a flor mais bela do jardim, dormindo.
Que me arranca outro e mais outro suspiro.