segunda-feira, maio 13, 2013

Ócio

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Acordo tarde, com gosto de sangue na boca,
Não levanto, olho o teto, bocejo. Nada de interessante vejo
Nessa minha vida inerte e oca.


A calmaria é a maré da minha vida
E o tédio, minha caravela.
Vago pelo oceano sem destino,
Jamais navegarei por novas terras.

...
Janto, olho as horas.
Os ponteiros, o tempo, o relógio, está tudo morto
No cemitério pregado na parede.

Enterro as horas no necrotério cronológico
Os meses morrem de ócio
E todos os anos sofrem de bócio.


Nos segundos inteiros poderiam ter sido...
E que não foram.